
Lembra-te de mim - Capítulo 12 .
Puseram-nos na mala da carrinha , por isso era difícil , senão, impossível ter noção de onde estávamos, e por que caminhos estávamos a andar. A muito tempo que andávamos, e não se ouvia nada nem ninguém apenas o motor do carro em andamento , e o batimento dos nossos corações, assustados .
Eu não sabia o motivo pelo qual fui sequestrada e para que fim . Nem eu , nem o Gonçalo, nem ninguém.
Por momentos achei que seria para violação, e isso arrepiou-me e fez-me pensar no meu 3º desejo - Sexo .
Senti-me culpada, e achei que era uma prova de que Deus me dizia que não deveria ser assim, que estava a ser precipitada.
Será que tudo isto , só acontecera devido aos meus desejos ? Essa pergunta invadiu-me o cérebro durante muito tempo.
* * *
Lembrei-me que ainda tínhamos o telemóvel connosco , e rapidamente disse-o ao Gonçalo .
Ele admirou a nossa ignorança em relação a isso , e tiramos os telemóveis do bolso .
Foi então que percebe-mos que nenhum dos dois tinha sinal . Ou seja, estaria-mos num"fim-do-mundo" e que se isso acontecia, os sequestradores teriam planos , e queriam que nada fosse descoberto. Eram experientes pois deviam ter pensado no facto de tentar-mos contactar alguém.
Olhamos um para o outro, com medo .
- Calma, seja o que for, irá acabar não tenhas medo , estou aqui contigo ! - Acalmou-me Gonçalo.
Eu estava a gostar muito dele, foi o único rapaz que me despertou algum interesse.
Mantive-mo-nos depois , silênciosos por uns 10 minutos, foi então que ...
- Ainda estão vivos ? - Falou num tom irónico um dos sequestradores.
- Parece que sim . - Retribuindo , com a mesma ironia, Gonçalo .
Ele era muito corajoso , mas preferia que não tivesse feito nada, era muito arriscado .
Nesse momento ele apontou-lhe a arma , e disse :
- Está com piada o puto , tá visto , tragam-nos para o barracão , vamo-nos divertir .
Mal ele pronunciou aquelas palavras, dois dos capangas vieram na nossa direcção empurrando-nos sem o mínimo de preocupação ou piedade. Também concordo que seria demais pedir preocupação por pessoas desconhecidas para eles ainda por cima, sequestradas.
Entra-mos no barracão, ...
...eu nunca tive tanto medo em toda a minha vida como naquele momento .
- continua..
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